quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tanto



Tantas coisas são...
Tantas se perdem...
Tantas passam e ficam à margem.

À beira do caminho, tantos estão
Margeando, observando com olhos lassos,
Olhos pudicos – eis o medo de enfrentar.

Tantos são os receios
Tantas são aquelas mágoas, que
Deixam sentimentos de naufragar
Em águas rasas que nos afagam
Em águas profundas que nos afogam
Em águas que nos jogam
Para fora do mar e do ar...

Mares revoltos são tantos...
Mares calmos são sem número...
Rios torrentes, rios perenes, rios decadentes
Perdem suas águas em seu caminhar.

Tantos são
Tantos estão

Tantos nãos
               em tantos vãos
                                no vão do pequeno mundo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário