Atravessar o pórtico sempre foi deveras perigoso.
Ultrapassar limites (in)condicionando o ilimitado
É abrir portas dúbias de desconhecidos campos sensoriais.
E quanto mais se abre essa massa encefálica,
Abrigo lodoso de sonhos e quimeras rotas,
Mais me desespero.
Quanto maior o cabedal tosco de insossas ideias,
Satélites de pseudomundos milenares,
Maior essa sensibilidade tola para,
Em minha nubla nebulosa face,
Sentir o tapa da existência de milhares de existentes...
E, sempre ao abrir-me, quedo...
E, sempre ao subir, fecho-me.
Fechada, por ora queria Não-Ser...
Quedada, queria, porque me sei Ser...