sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Palampsetos perdidos escondiam a rica certeza de todos eles.
Atravessar o pórtico sempre foi deveras perigoso.
Ultrapassar limites (in)condicionando o ilimitado
É abrir portas dúbias de desconhecidos campos sensoriais.

E quanto mais se abre essa massa encefálica,
Abrigo lodoso de sonhos e quimeras rotas,
Mais me desespero.

Quanto maior o cabedal tosco de insossas ideias,
Satélites de pseudomundos milenares,
Maior essa sensibilidade tola para,
Em minha nubla nebulosa face,
Sentir o tapa da existência de milhares de existentes...

E, sempre ao abrir-me, quedo...
E, sempre ao subir, fecho-me.

Fechada, por ora queria Não-Ser...
Quedada, queria, porque me sei Ser...

Um comentário:

  1. Este texto foi escrito há um bom tempo. E embora eu reconheça nele marcas curiosas de ingenuidade e fraqueza literária, eu amo tudo o que está aí. É um reflexo genuíno do que eu pensava em 2004. Portanto, sem culpas.

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